➥Tratar os nossos filhos com o respeito que tratamos os adultos e normalizar os seus comportamentos de criança.
E fazemos o inverso a toda a hora.
Ou seja, tratamos as crianças como não tratamos mais ninguém de quem gostamos ou, atrevo-me a dizer, mais ninguém mesmo: gritamos, damos ordens, diminuímos o que sentem ou pensam, e deverei ainda incluir nesta lista o “batemos”, infelizmente… usando a desculpa porque são crianças e esperamos deles comportamentos de adultos desde que são bebés.
Como assim? Eu digo-te: que durmam a noite toda, que aguentem sentados numa mesa de restaurante horas e horas, que se auto-controlem melhor do que nós, que façam fretes, que sejam ajuizados, educados, comedidos, focados e disciplinados.
Dito assim, não precisa de mais explicações a nossa alucinação, às vezes, pois não?
O caminho muito mais tranquilo para nós, pais, e para eles, crianças em desenvolvimento, é fazermos exatamente o oposto:
trata-los com o respeito que todas as pessoas nos merecem, esperando deles comportamentos próprios das crianças que ainda são.
➥Parar de os criticar, julgar e avaliar a toda a hora para os podermos influenciar
Se baixarmos um pouco a guarda em relação ao controlo e julgamento constante, e colocarmos o foco em partilhar opiniões e valores, em dar o exemplo na forma como vivemos e passamos o tempo, deixamos um rasto de inspiração e influência muito maior.
➥Dar toda a atenção, segurança e presença para que sejam autónomos e independentes.
Arrisco-me a dizer que nós, os pais de hoje em dia, fomos todos educados na crença de que é melhor não estragar com mimo, não habituar ao colo.
Temos incutido em nós o paradigma de educar para a independência, a ilusão de que ensinamos a ser autónomo e aqui entre nós, queridos pais e mães, a autonomia, a vontade de explorar e auto-confiança não se ensinam: são um processo natural em todos os seres humanos saudáveis, que acontece por si só, embora em momentos diferentes para todos nós, quando as nossas necessidades de segurança, afeto, pertença estão mais do que satisfeitas.
➥Ser tolerante e flexível, praticar empatia e humildade, para sermos vistos como Líderes e autoridade
porque, como tão bem diz Simon Sinek, os lideres comem por último.
Para sermos vistos como lideres não precisamos, aliás, não devemos impor a nossa vontade, ser rígido no nosso ponto de visa, mostrar quem manda ou ditar as regras da casa.
Isso costuma dar-nos acesso direto ao lugar de MCCS ou PCCS, como eu digo no meu livro Mãedfulness, Mãe Chefe Chata de Serviço!😉
Só um verdadeiro Líder, que não se sente ameaçado no seu valor, na sua posição, pode ser humilde e empático, tolerante e flexível, sobretudo naquilo que é acessório, pontual ou adaptável.
É esta atitude que vai trazer confiança, intimidade e vontade de cooperar por parte dos nossos filhos,[mas também podia dizer colaboradores, colegas, alunos]
E de bons líderes, em casa, na escola, na política ou nas empresas, é do que todos precisamos, não concordam? ♡
com muito mãedfulness, Mariana