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Recentrar o coração nos dias não é fofinho nem simples, não é fácil. às vezes é preciso rasgar a pele, cutucar a ferida, permitir as lágrimas para lavar as poeiras da alma.
pôr o “coração no comando” não é o caminho da resignação, dos ombros encolhidos, ou do cinismo cobarde.
É, muitas vezes, o caminho do grito onde parimos a dor, o caminho da solidão profunda.
É, muitas vezes, engolir inteiro o sapo do orgulho e do ego, mau conselheiro, é mudar de pele, é romper o casulo quente e abrigado rumo a uma tempestade que nos acolhe, encarar a luz que fere os olhos mas nos impele a seguir o caminho certo.
é o desconforto de ficarmos sem pé, sem chão, sem norte. É o salto sem pára-quedas, num ato de fé.
renascer [mais leve] custa-nos o embate feroz contra rochas aguçadas e muros impenetráveis - que nos disseram ser proteção e que só nos isolam, afinal, do amor.
O caminho de ouvir o coração, seguir a paixão e deixar o amor comandar é na verdade, [alguém o entendeu há muito tempo atrás] uma crucificação interior, no fim de uma via sacra pessoal e íntima.
seja qual for a nossa fé, que possa a fé em nós próprios ajudar-nos a fazer e refazer o nosso caminho, renascer em amor, as vezes que a Vida o pedir./
Com muito mãedfulness, Mariana