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A pesquisa da investigadora social, Brené Brown não deixa dúvidas:
Quanto mais nos esforçamos por encaixar, menos construímos um sentimento de pertença.
Pode parecer contraditório e por isso tendemos para o fazer , com a melhor das intenções, com os nossos filhos: somos preocupados sobre a sua integração no grupo, queremos muito que tenham amigos, que sejam aceites pela família e ajam em conformidade na escola.
Mas nesse caminho deixam de ser quem são para se tornarem como os outros dizem que eles devem ser.
Abdicam de parte de si , para serem aceites.
Calam a sua identidade para pertencer à tribo, à família, à escola, à equipa - mas deixam de pertencer a si próprios. Vestem, em vários sentidos, as máscaras que parecem fazê-los amados e pagam com o preço do amor-próprio: deixam de se sentir bem na sua própria pele.
E sentirmo-nos bem sobre quem somos [ auto-estima] é o principal ingrediente para um sentimento imutável de pertença.
Não nos podemos perder de nós próprios para encontrar os outros.
Temos de ser aceites por quem somos, primeiro.
Mesmo que isso traga solidão, por vezes, nunca trará isolamento. Mesmo que traga dúvidas, desafios, nunca trará desconexão.
E a sensação de isolamento e desconexão é o princípio das dificuldades emocionais e mentais, é a fonte da ansiedade por exemplo.
Quando não sabemos bem quem somos, ou não temos a certeza de ser aceites se não “agirmos de acordo com as normas do grupo” perdemos com mais facilidade acesso à nossa bússola interior e vamos no que os outros dizem para fazermos.
Permite, sem medo, que os teus filhos sejam sempre fiéis a si próprios, explorem os seus gostos, vontades e feitios. Porque só assim encontrão a sua tribo, sem nunca se perderem de si próprios.
Assim poderão sempre navegar nessa descoberta continua e maravilhosa de si, de quem são, sem perder o senso de valor, mesmo que parecem, às vezes, diferentes, estranhos, únicos, mesmo que o seu “tom” não encontre eco nos contextos à sua volta, vão escolhe-los melhor, e vão fazer as opções mais de acordo com os seus próprios valores e bem estar, e vão dizer não ao que não lhes agrada, mesmo que isso lhes custe a pertença ao grupo.
Haverá rede mais segura, para atravessarmos a turbulência da adolescência, nos tempos que correm?😉
Com muito mãedfulness,
Mariana