Muitos especialistas nos dizem que temos de ser mais firmes com os nosso filhos: firmeza nas atitudes, nos valores, nas intenções, no tom das palavras, um não é não e os limites são necessários.
Outras correntes da parentalidade, pelo contrário, advogam que sejamos mais tolerantes, brandos, que só ganhamos em ser flexíveis, nada de mal acontece por mudarmos de opinião, cedermos, negociarmos, permitirmos vontades e acedermos aos desejos.
E , na verdade, no dia a dia, lemos as teorias, procuraremos inspiração e ajuda especializada e não há um impacto real na melhoria do relacionamento e dos desafios com os nossos filhos. Porque, muitas vezes, são só palavras, são só conceitos mentais, instruções teóricas, que não têm em conta quem nós somos, quem os nossos filhos são.
É bom, claro, refletirmos sobre tudo isto: valores, intenções, colocação de limites, responsabilidade pessoal, tolerância , afeto, integridade e igual valor.
Mas depois, cada um de nós, numa sintonia com a criança que temos, a cada momento, temos de perceber do que se está na verdade a falar e do que faz sentido a cada momento.
Eu não sei se tu precisas de ser mais tolerante com a individualidade dos teus filhos ou mais firme com a colocação dos teus limites pessoais; se precisas de aprender a dizer não de maneira mais firme, ainda que terna, ou se precisas de fazer o caminho da flexibilidade sem sentires que perdes autoridade. Isto são coisas que só cada um de nós pode saber. E normalmente, temos de as descobrir situação a situação, caso a caso, porque não somos lineares, não nos sentimos da mesma maneira em relação aos diferentes assuntos e cada filho, por exemplo, em cada etapa da vida, traz-nos desafios bem diferentes, cutuca feridas diferentes e o nosso estado emocional dita muito de quem somos.
Por isso, se te posso deixar com uma estratégia que nunca falha, com um conselho realmente bom e aplicável, aqui fica:
Mantém-te presente e decide a cada momento, o que é melhor para ti e para os teus filhos. O que vos faz sentir melhor, nesta situação? O que é mais importante, neste desafio particular - manter o “não” ou ceder? Vai trazer mais valia e sintonia com quem sou e com a minha relação com os meus filhos, agora, ser mais firme ou mais flexível? O que observas que estás a provocar com a tua reação? Como te estás a sentir com o desenrolar da situação? Que estratégia serve melhor o objetivo que pretendes?
A tua autenticidade, o teu coração, a tua Verdade vai guiar-te melhor do que qualquer especialista, teoria ou crenças antigas do que deve um bom pai fazer. Confia em ti.
❥/mariana