Há um fator invisível que muitas vezes esquecemos na correria do dia a dia - não sabemos tudo o que se passa na vida dos nossos filhos.
Nem quando são pequeninos nem à medida que crescem - haverá sempre partes que esquecem de contar, que não sabem como contar, que escolhem não contar. E, muitas vezes, são as partes mais importantes, que podem ter mais peso no seu estado emocional no fim do dia, quando nos sentamos para jantar, na hora de ir dormir.
Não há nada de errado nisso. Em maior ou menor grau, será até normal e parte de uma personalidade saudável.
Mas ao tomarmos consciência disto, podemos usar dois super poderes: a consciência aumentada e a coragem.
A Coragem para fazer perguntas que podem trazer respostas inesperadas, mas absolutamente necessárias. Perguntas que mostrem interesse genuíno, que criem espaço para a verdade e a vulnerabilidade. Não apenas "Como foi a escola?", mas "Houve algo que te preocupou ou te deixou desconfortável?"
Perguntas assim abrem uma porta direta para o seu coração. Elas dizem: "Estou aqui, para tudo, sem julgamento." E essa mensagem é poderosa. Porque os nossos filhos precisam de sentir que o espaço que criamos para eles é seguro, livre de críticas, mas cheio de curiosidade e amor.
E a Consciência para termos paciência e ternura para não julgarmos uma atitude difícil, birra ou má resposta sem pensarmos na possibilidade “não sei tudo. pode estar a passar mal.” Ter a força emocional para não reagir, baixar as defesas, a rigidez, a agressividade quando percebemos o seu ar cansado, a sua resposta torta, os seus olhos baixos, o seu silêncio.
Não precisamos de saber tudo o que se passa com os nossos filhos, mas ao aceitarmos esta realidade e ao adaptarmos a nossa atitude, asseguramos sempre que ou se abrem e partilham o que realmente importa, ou encontram força e segurança na nossa presença e carinho e isso basta - das duas formas estamos a ser os pais que os nossos filhos precisam.♥︎↩︎
com muito mãedfulness
Mariana