A maioria das nossas crianças está apenas a sobreviver na escola, a sobreviver num meio duro, hostil e desinteressante.
Desenvolvemos competências em meios hostis? Claro que sim.
Competências de sobrevivência. Mas deixamos de conseguir aprender e desenvolver outras que nos levam mais longe e só são possíveis quando estamos tranquilos, motivados, sem estar a defesa ou em alerta. Sem estar num estado de “luta ou fuga”, num ambiente amoroso e feliz.
Quando estamos todos os dias a tentar sobreviver, desenvolvemos antes stress, ansiedade, hiperatividade, adição e agressividade.
Não é a sobreviver que deveria ensinar-se na escola, num país pacífico, sem conflitos latentes ou ativos, num lado do mundo onde não falta nada!
Ou faltará?
O que falta aos adultos que cuidam das nossas crianças ou que decidem o contexto e regras supostamente para os motivar, ajudar, guiar e descobrir neles o seu melhor, o seu único, o seu imenso potencial?
Porque sinto que, quando mando os meus filhos para a escola, é como se os mandasse para um terreno inóspito, onde há rigidez e medo, punições e apatia, regras demais e possibilidades de menos, desinteresse e agressividade?
Uns adaptam-se conforme podem, outros nem por isso. Os segundos são castigados por fora, os primeiros são muitas vezes castigados por dentro.
A escola não é digna desse nome se não for para formar, acima de tudo, pessoas felizes, de brilho nos olhos por querer aprender e fé nos seus sonhos e capacidades.
A grande maioria das nossas crianças está a sobreviver na escola quando devia estar a florescer, a desenvolver todo o seu potencial.
O que há de errado na Escola? E em todos nós, que assistimos conformados?
Com muito mãedfulness,
Mariana